Lançamentos de imóveis cai no Rio, vendas surpreendem.

Número de lançamentos de imóveis cai 43%, mas vendas surpreendem

A cidade do Rio teve uma queda de 43% no volume de imóveis lançados entre janeiro e setembro de 2020, frente a igual período do ano passado. É o que mostra um estudo do DataZAP, braço de inteligência imobiliária do ZAP+. Ainda assim, o preço médio dos lançamentos, por metro quadrado, aumentou 11%, alcançando R$ 15.110.

— O mercado imobiliário tinha uma expectativa muito boa para 2020. O primeiro trimestre, inclusive, foi o melhor dos últimos cinco anos — lembra o presidente da Abadi, Claudio Hermolin.

Contudo, construtoras como a Riooito e a Fernandes Araujo, que planejavam lançar projetos este ano, preferiram esperar.

— Começamos o ano com um cronograma de lançamentos mas, por causa da pandemia, decidimos aguardar — conta Flavia Katz, gerente de marketing da construtora Fernandes Araujo

Para Hermolin, mesmo com os problemas causados pela pandemia, o cenário macroeconômico favoreceu o setor com as seguidas quedas da Selic e das taxas de juros do financiamento imobiliário. Muitas construtoras decidiram manter lançamentos, mesmo com estandes fechados, mas apostando no contato virtual. E não se arrependeram.

— Lançamos um residencial de altíssimo padrão, com apenas seis unidades, no terreno onde funcionava o restaurante Antiquarius, no Leblon. O residencial foi 100% vendido no pré-lançamento — revela Paulo Araujo, diretor de Incorporação da Concal.

No Centro do Rio
Já a Tegra Incorporadora lança neste fim de semana um residencial na Rua Visconde de Inhaúma, quase esquina com Avenida Rio Branco. O projeto é o primeiro edifício que será erguido, em décadas, naquela parte do Centro.

Ainda segundo o levantamento do ZAP+, os bairros campeões de lançamentos foram Santa Cruz e Campo Grande, concentrando 53% das novas unidades este ano. O Recreio também está entre os “cinco mais”. A Martinelli Imóveis, por exemplo, fez 14 lançamentos este ano, a maior parte no bairro.

— No início da pandemia, todos estavam com receio porque o Rio praticamente foi obrigado a parar. Continuamos com as vendas remotamente no caso dos empreendimentos que lançamos antes de março.

Durante a pandemia, lançamos outros de forma online, o que nos deu a grata surpresa de sucesso total. Entre eles estão o Be Happy, na Taquara, e o Reference Life Resort, no Recreio dos Bandeirantes. Ambos com mais de 70% das unidades comercializadas no período — afirma André Moreira, diretor da Martinelli Imóveis.

Por Ana Carolina Diniz
Site: Extra
Data: 02/12/2020

Fonte: https://extra.globo.com/economia/castelar/numero-de-lancamentos-de-imoveis-cai-43-no-rio-mas-vendas-surpreendem-24777109.html

Vendas de imóveis surpreendem no COVID.

A reação do mercado imobiliário à pandemia pode ser vista em números.

A reação do mercado imobiliário à pandemia pode ser vista em números. Pesquisa da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Senai Nacional (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, mostra que nos primeiros nove meses de 2020 houve aumento de 8,4% (9.976 unidades) no número de unidades vendidas em todo o país, na comparação com o mesmo período de 2019. O resultado foi positivo em todas as regiões. O levantamento indica ainda que a intenção de compra subiu 15% em outubro, superando patamares anteriores à pandemia.

A Martinelli Imóveis, por exemplo, fez 14 lançamentos este ano, sendo a maior parte do Recreio dos Bandeirantes, bairro que continua com muita demanda, totalizando mais de 1 mil unidades lançadas. “Continuamos com as vendas remotamente no caso dos empreendimentos que lançamos antes de março. Durante a pandemia, lançamos outros de forma online, o que nos deu a grata surpresa de sucesso total. Entre eles estão o Be Happy, na Taquara, e o Reference Life Resort, no Recreio dos Bandeirantes. Ambos com mais de 70% das unidades comercializadas neste período”, conta André Moreira, diretor da imobiliária.

A JB Andrade Imóveis lançou três empreendimentos na Barra da Tijuca. De acordo com João Batista de Andrade, antes da crise, a empresa já observava uma melhora nas vendas. “No início dela, tivemos uma parada acentuada nos negócios e, à medida que o tempo foi passando, com a queda brusca na taxa de juros e com uma grande oferta de financiamento imobiliário, passamos a ter uma crescente procura”, afirma. Segundo ele, um dos lançamentos no Jardim Oceânico, na Barra, teve 100% das unidades vendidas na pandemia. “Isso reforça que a experiência do isolamento social fez adiantar a decisão de compra de muitas famílias”, complementa.

A Vitale também fez três lançamentos em 2020: o Vitale Easy, no Campinho, o Vitale Eco, em Vargem Grande, e mais recentemente o Vitale Rise, no Encantado. Os três empreendimentos totalizam 551 unidades. “Esse ano foi muito positivo para a Vitale, mesmo com a pandemia, por causa da redução da taxa de juros. O impacto então não foi sentido, pelo contrário, houve um aquecimento, principalmente, para os produtos econômicos, hoje Casa Verde e Amarela”, ressalta Eduardo Paiva, diretor da construtora. Ele adianta que a empresa prevê lançar em 2021 três empreendimentos, chegando a um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 100 milhões. A D2J abriu as vendas no início do ano de um residencial de alto padrão na Lagoa, que está com 50% das unidades vendidas. Agora, a empresa prepara o lançamento do Selfie Tech, em Copacabana, em parceria com a Konek Transformação Imobiliária. O empreendimento terá 24 unidades entre estúdios e coberturas, além de serviços compartilhados, lazer e segurança. “O mercado imobiliário como toda a economia sentiu os primeiros impactos do isolamento social. Depois, com as seguidas quedas da Selic e das taxas de juros do financiamento imobiliário, o cliente percebeu que podia comprar um imóvel mais moderno e que atendesse às necessidades observadas neste momento delicado”, analisa Daniel Afonso, diretor da empresa.

A Bait está lançando o sexto residencial no Rio. O Igara, no Leblon, tem 16 unidades de 2 quartos, sendo duas coberturas duplex. Um dos destaques é o Terraço-Jardim, localizado acima das coberturas, que será um ambiente de interação com horta, jardins com espécies da vegetação litorânea, de restinga e ainda uma área de contemplação com vista para o mar. “Queremos que as pessoas se sintam em ambientes livres com a sensação de estarem em uma casa, valorizando as soluções arquitetônicas, de materiais e a natureza bucólica da Rua Igarapava”, conta Henrique Blecher, CEO da Bait. E mesmo as empresas que não lançaram este ano vêm registrando bons resultados na comercialização de seus estoques. É o caso da Fernandes Araujo. “Temos muita procura em nossos residenciais prontos para morar, que são o Art’e Tijuca, na Tijuca, e o Guess, na Taquara, além da demanda aquecida por terrenos. Neste último caso, registramos alta de 85% na venda de terrenos este ano. São dois perfis de clientes: a pessoa que compra para construir a própria casa, dentro da sua capacidade financeira, e os pequenos construtores que adquirem o terreno para transformá-lo em um produto, ou seja, numa casa que será colocada à venda”, afirma Flávia Katz, gerente de Marketing da construtora.

Na Riooito Incorporações, a previsão era lançar este ano um residencial em Piabetá no primeiro semestre, mas a empresa resolveu esperar. “E mesmo sem lançar, a curiosidade pelo produto tem sido muito alta, pois ele vai oferecer casas, apartamentos e unidades garden em um condomínio com lazer, completo, segurança e serviços. São várias famílias interessadas em adquirir um imóvel novo pelo segmento econômico na região”, afirma Clara Navarro, gerente de Marketing da empresa. Com relação ao desempenho de vendas do estoque, Clara conta que o Cenário da Montanha, em Itaipava, está 100% vendido. A primeira fase será entregue este mês. “No Cenário dos Pássaros, em Teresópolis, vendemos cerca de 10 unidades por mês. Acreditamos que, após a assinatura com a Caixa que acontecerá ainda em dezembro, essa velocidade de vendas aumentará”, diz Clara.

Por Cristiane Campos
Site: O Dia
Data: 02/12/2020

Fonte: https://odia.ig.com.br/colunas/panorama-imobiliario/2020/12/6039307-vendas-de-imoveis-surpreendem-na-pandemia.html

Impulsionada por crédito, construção gerou vagas.

Impulsionada por crédito, construção foi maior geradora de vagas em 2020.

Em um ano marcado pelo distanciamento social e restrições em diversas atividades por causa da tentativa de conter o novo coronavírus, era esperado que o emprego sofresse um grande choque em 2020. De fato, a taxa de desocupação, de pessoas que não estão trabalhando e estão procurando emprego, subiu de 11,2% para 14,1% na comparação de novembro de 2019 com novembro de 2020, mas, em compensação, as contratações com carteira assinada subiram, o que é uma boa notícia. No ano passado, o país terminou o ano com 142 mil vagas CLT de saldo, após o próprio Ministério da Economia chegar a estimar 10 milhões de cortes logo no início da pandemia. O setor que mais contribuiu para isso foi o da construção civil, com 112.174 postos a mais que em 2019 entre admissões e demissões. O movimento é explicado pelo aquecimento imobiliário: com a taxa de juros baixa, o financiamento bateu recorde e fez com que essa atividade não parasse.

“Nós somos a indústria que mais emprega e ainda há muito espaço para crescer”, afirma Luiz Antônio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O saldo da construção civil no ano da pandemia é melhor do que o registrado em 2019, quando o setor criou 71 mil vagas – e o saldo do país foi de 644 mil.

No ano passado, os financiamentos de imóveis chegaram a 123 bilhões de reais, um crescimento de 58% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Poupança e Crédito (Abecip). A taxa básica de juros está em mínimas históricas, de 2% ao ano e de crédito para imóvel girando entre 6% e 7% ao ano. Para este ano, apesar da expectativa do aumento da Selic por causa da pressão da inflação, os juros continuarão em patamares baixos e com pouco impacto na prestação dos financiamentos, impulsionando o movimento de mudança trazido, avalia a Abrainc. A expectativa de crescimento para 2021 dentro do setor é de 30%.

Por Larissa Quintino
Site: Veja
Data de postagem: 03/02/2021

Fonte: https://veja.abril.com.br/economia/impulsionada-por-credito-construcao-foi-maior-geradora-de-vagas-em-2020/

Mercado imobiliário vive boom na procura.

Mercado imobiliário vive boom na procura por imóveis para investimento.

A manutenção da taxa básica de juros da economia brasileira em 2% ao ano gerou uma debandada de investidores da renda fixa. Ativos tradicionais, como poupança, Tesouro Direto e fundos DI, têm a sua rentabilidade diretamente ligada à Selic, e agora se tornaram muito menos interessantes com o congelamento da taxa ao menor patamar da história pelo terceiro ciclo seguido. Diante do perfil conservador dos investidores brasileiros — não à toa, a poupança sempre foi a queridinha nacional —, o mercado imobiliário se tornou um dos principais destinos deste dinheiro por ser mais seguro que outros ativos variáveis, vide a Bolsa de Valores, e apresentar potencial de rentabilidade estável no longo prazo. Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontam que as vendas no setor cresceram 23,7% no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019. No acumulado do ano até setembro — mês com os últimos dados consolidados —, o comércio de imóveis cresceu 57,5% em paralelo a 2019. Esse novo fluxo já é sentido nos negócios, e tende a se manter elevado com os sinais emitidos pelo Banco Central em preservar a Selic em patamar baixo.

A plataforma de venda imobiliária Apê11 registrou aumento de 115% nas buscas de investidores por imóveis entre setembro e outubro, na comparação com os dois meses anteriores. A alta já era esperada desde que o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou o corte sistemático na taxa básica de juros, e atualmente o interesse de investidores representa quase 40% de todas as buscas realizadas pelo balcão digital. Há um ano, este público era de 15%. “O movimento de queda nos juros gera mais estímulos para que investidores levem o seu dinheiro para a econômica real, e há poucas opções no mercado financeiro que tragam remuneração razoável dentro de um risco controlado”, afirma Leonardo Azevedo, cofundador da startup. A rentabilidade depende do perfil do investidor. O lucro no mercado imobiliário poder vir de uma forma mais robusta e imediata com a venda do imóvel após a sua valorização, ou distribuído no longo prazo ao disponibilizar o espaço para aluguel.

Já o perfil dos investidores é dividido entre os que buscam imóveis na planta — que tradicionalmente são mais baratos que obras concluídas —, e por quem enxerga oportunidades na reforma de bens. “O segundo tipo geralmente é de quem entende mais do mercado. Eles pegam imóveis depreciados ou mais antigos, e trabalham com a tese de fazer melhorias que resultarão em valorização”, diz Azevedo. O primeiro perfil abrange a maioria dos investidores, com 70% do novo fluxo de mercado. “Uma pessoa mais leiga não está preparada para enfrentar todos os imprevistos que podem surgir com um imóvel pronto, do aumento inesperado de custos. Quem compra na planta já tem planejado o quanto irá gastar por mês.”

Com mais de 70 prédios construídos na capital paulista, a incorporadora Vitacon tem em 85% da sua carteira de clientes pessoas que compram apartamentos como forma de investimento. O ano de 2019 bateu recorde nas vendas no mercado imobiliário após quatro anos de letargia causada pela crise política e econômica. A disparada fez crescer a expectativa para 2020, mas que logo foi frustrada pela pandemia do novo coronavírus. Depois de quatro meses praticamente parados no auge dos impactos da Covid-19, o mês de julho surpreendeu, e desde então as vendas retornaram ao patamar pré-crise. Segundo o CEO da Vitacon, Ariel Frankel, a junção da Selic baixa com a demanda reprimida após dois ciclos seguidos de crise impulsiona o mercado, e a perspectiva de vacina a partir do início de 2021 e a recuperação da economia darão combustão para o crescimento se manter ao longo do ano. “Muitas pessoas sofreram com perda de empregos, redução de salários e outras dificuldades, mas, ao mesmo tempo, existe uma grande parcela que aproveitou este momento para posicionar melhor os seus investimentos”, afirma.

Apartamentos de dois dormitórios são os grandes alvos das duas representantes do mercado. Para Azevedo, do Apê11, o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19 fez as pessoas valorizarem a privacidade dentro das suas próprias casas. “Vai continuar sendo o mais requisitado. Apartamentos com esse perfil atendem diversas necessidades, desde o casal jovem com filho pequeno até o casal que quer ter um quarto extra para receber parentes ou transformar o espaço em um escritório”, afirma. Na Vitacon, o perfil também sempre foi o preferencial dos clientes. “Os investidores enxergam nesse tipo de mercadoria a maior rentabilidade”, diz Frankel.

Por Gabriel Bosa
Site: Jovem Pan
Data: 02/01/2021

Fonte: https://jovempan.com.br/noticias/economia/mercado-imobiliario-vive-boom-na-procura-por-imoveis-para-investimento.html