News e updates

7 de fevereiro de 2021
Vendas de imóveis surpreendem no COVID.

A reação do mercado imobiliário à pandemia pode ser vista em números.

A reação do mercado imobiliário à pandemia pode ser vista em números. Pesquisa da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Senai Nacional (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, mostra que nos primeiros nove meses de 2020 houve aumento de 8,4% (9.976 unidades) no número de unidades vendidas em todo o país, na comparação com o mesmo período de 2019. O resultado foi positivo em todas as regiões. O levantamento indica ainda que a intenção de compra subiu 15% em outubro, superando patamares anteriores à pandemia.

A Martinelli Imóveis, por exemplo, fez 14 lançamentos este ano, sendo a maior parte do Recreio dos Bandeirantes, bairro que continua com muita demanda, totalizando mais de 1 mil unidades lançadas. “Continuamos com as vendas remotamente no caso dos empreendimentos que lançamos antes de março. Durante a pandemia, lançamos outros de forma online, o que nos deu a grata surpresa de sucesso total. Entre eles estão o Be Happy, na Taquara, e o Reference Life Resort, no Recreio dos Bandeirantes. Ambos com mais de 70% das unidades comercializadas neste período”, conta André Moreira, diretor da imobiliária.

A JB Andrade Imóveis lançou três empreendimentos na Barra da Tijuca. De acordo com João Batista de Andrade, antes da crise, a empresa já observava uma melhora nas vendas. “No início dela, tivemos uma parada acentuada nos negócios e, à medida que o tempo foi passando, com a queda brusca na taxa de juros e com uma grande oferta de financiamento imobiliário, passamos a ter uma crescente procura”, afirma. Segundo ele, um dos lançamentos no Jardim Oceânico, na Barra, teve 100% das unidades vendidas na pandemia. “Isso reforça que a experiência do isolamento social fez adiantar a decisão de compra de muitas famílias”, complementa.

A Vitale também fez três lançamentos em 2020: o Vitale Easy, no Campinho, o Vitale Eco, em Vargem Grande, e mais recentemente o Vitale Rise, no Encantado. Os três empreendimentos totalizam 551 unidades. “Esse ano foi muito positivo para a Vitale, mesmo com a pandemia, por causa da redução da taxa de juros. O impacto então não foi sentido, pelo contrário, houve um aquecimento, principalmente, para os produtos econômicos, hoje Casa Verde e Amarela”, ressalta Eduardo Paiva, diretor da construtora. Ele adianta que a empresa prevê lançar em 2021 três empreendimentos, chegando a um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 100 milhões. A D2J abriu as vendas no início do ano de um residencial de alto padrão na Lagoa, que está com 50% das unidades vendidas. Agora, a empresa prepara o lançamento do Selfie Tech, em Copacabana, em parceria com a Konek Transformação Imobiliária. O empreendimento terá 24 unidades entre estúdios e coberturas, além de serviços compartilhados, lazer e segurança. “O mercado imobiliário como toda a economia sentiu os primeiros impactos do isolamento social. Depois, com as seguidas quedas da Selic e das taxas de juros do financiamento imobiliário, o cliente percebeu que podia comprar um imóvel mais moderno e que atendesse às necessidades observadas neste momento delicado”, analisa Daniel Afonso, diretor da empresa.

A Bait está lançando o sexto residencial no Rio. O Igara, no Leblon, tem 16 unidades de 2 quartos, sendo duas coberturas duplex. Um dos destaques é o Terraço-Jardim, localizado acima das coberturas, que será um ambiente de interação com horta, jardins com espécies da vegetação litorânea, de restinga e ainda uma área de contemplação com vista para o mar. “Queremos que as pessoas se sintam em ambientes livres com a sensação de estarem em uma casa, valorizando as soluções arquitetônicas, de materiais e a natureza bucólica da Rua Igarapava”, conta Henrique Blecher, CEO da Bait. E mesmo as empresas que não lançaram este ano vêm registrando bons resultados na comercialização de seus estoques. É o caso da Fernandes Araujo. “Temos muita procura em nossos residenciais prontos para morar, que são o Art’e Tijuca, na Tijuca, e o Guess, na Taquara, além da demanda aquecida por terrenos. Neste último caso, registramos alta de 85% na venda de terrenos este ano. São dois perfis de clientes: a pessoa que compra para construir a própria casa, dentro da sua capacidade financeira, e os pequenos construtores que adquirem o terreno para transformá-lo em um produto, ou seja, numa casa que será colocada à venda”, afirma Flávia Katz, gerente de Marketing da construtora.

Na Riooito Incorporações, a previsão era lançar este ano um residencial em Piabetá no primeiro semestre, mas a empresa resolveu esperar. “E mesmo sem lançar, a curiosidade pelo produto tem sido muito alta, pois ele vai oferecer casas, apartamentos e unidades garden em um condomínio com lazer, completo, segurança e serviços. São várias famílias interessadas em adquirir um imóvel novo pelo segmento econômico na região”, afirma Clara Navarro, gerente de Marketing da empresa. Com relação ao desempenho de vendas do estoque, Clara conta que o Cenário da Montanha, em Itaipava, está 100% vendido. A primeira fase será entregue este mês. “No Cenário dos Pássaros, em Teresópolis, vendemos cerca de 10 unidades por mês. Acreditamos que, após a assinatura com a Caixa que acontecerá ainda em dezembro, essa velocidade de vendas aumentará”, diz Clara.

Por Cristiane Campos
Site: O Dia
Data: 02/12/2020

Fonte: https://odia.ig.com.br/colunas/panorama-imobiliario/2020/12/6039307-vendas-de-imoveis-surpreendem-na-pandemia.html