As atividades de construção criaram 244.755 vagas, em 2021, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado do ano, a quantidade total de vínculos formais ativos apresentou variação de 7,08%, na comparação com 1º de janeiro de 2021. Ao todo, o Brasil abriu 2,7 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, ante 18 milhões de demissões no período.
Os números foram divulgados ontem (31), pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O Caged considera apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui os informais.
Já em dezembro, o saldo de empregos foi negativo em quatro dos cinco grupamentos de atividade econômica analisados. O único a apresentar saldo positivo (9.013 vagas) foi o de comércio. O saldo da indústria ficou negativo em 92.047 vagas; o da construção perdeu 52.033 postos de trabalho; o de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registrou uma queda de 26.073 vagas; e o de serviços diminuiu em 104.670 o saldo de empregos celetistas.
REGIÕES
As cinco regiões apresentaram saldo positivo de contratações ao longo de 2021. Na Região Sudeste, foram criados 1.349.692 postos de trabalho (crescimento de 6,8%); no Sul, o saldo foi de 480.771 postos a mais (alta de 6,61%); no Nordeste foram criados mais 474.578 postos (7,58%); no Centro-Oeste, o acréscimo foi de 263.304 vagas (8,07%); e a Região Norte teve incremento de 154.667 empregos formais (8,62%). Em dezembro, no entanto, as cinco regiões do país registraram saldo negativo no número de empregos formais. A região que perdeu mais vagas foi a Sudeste, com uma queda de 136.120 postos de trabalho (-0,64%). A queda na Região Sul ficou em 78.882 vagas (-1,01%), enquanto nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte apresentaram saldos negativos de 21.476 (-0,61%); 15.823 (-0,23%); e 13.375 vagas (-0,68%), respectivamente.
ESTADOS
No acumulado do ano, o estado de São Paulo foi o que abriu maior número de empregos formais, totalizando 814.035 novas vagas, o que representa alta de 6,80%. Em segundo lugar está Minas Gerais, com saldo positivo de 305.182 vagas (alta de 7,5); seguido do Rio de Janeiro, com 178.098 novos postos (5,77%). Os menores saldos foram registrados em Roraima, com geração de 4.988 postos de trabalho com carteira assinada; Amapá (5.260); e Acre (8.117).
SALÁRIO MÉDIO
O salário médio de admissão de trabalhadores com carteira assinada ficou em R$1.921,19 de janeiro a dezembro de 2021. Nas contas do governo, houve queda real (descontada da inflação) de R$ -79,07 no salário médio, uma variação de -3,95% em relação ao ano anterior.
Atualmente, o Brasil tem 41,3 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada, significando cerca de 19% da população (214 milhões) com vínculo trabalhista.
Por G1
Fonte: Sinduscon-RJ